Projeto ATER-Marajó publica DRPs e Planos de Desenvolvimento

Por Instituto Peabiru
Publicado em 03/12/2015

“Diagnóstico Rural Participativo (DRP) é um conjunto de técnicas e ferramentas que permite que as comunidades façam o seu próprio diagnóstico e a partir daí comecem a autogerenciar o seu planejamento e desenvolvimento” (VERDEJO, 2006).

Os relatórios de oficinas de DRPs realizadas pela equipe do projeto ATER-Marajó  junto aos moradores dos PAES (projetos de assentamentos agroextrativistas) que fazem parte da Chamada Pública 01/2013 INCRA Sede, Lote 19, e os Planos de Desenvolvimento, estão agora publicados de forma online no site do Instituto Peabiru (confira ao final desta matéria).

Os documentos foram construídos de forma participativa entre equipe do projeto e assentados da reforma agrária no Marajó, que no caso do ATER-Marajó do Instituto Peabiru são os moradores dos Projetos de Assentamentos Extrativistas (PAE)  Santana, PAE Setubal e PAE Soberana, localizados no município de Ponta de Pedras e PAE Chipaiá e PAE Urubuquara, localizados no município de Cachoeira do Ararí.

As oficinas tiveram como objetivo compreender o perfil das famílias assentadas e questões diretamente relacionadas às atividades produtivas e aos empreendimentos comunitários, por meio de discussões entre os beneficiários da política de reforma agrária.

“A abordagem participativa é uma metodologia institucional , usada com intuito de assegurar o máximo envolvimento dos integrantes na atividade e nas ferramentas propostas”, explica Thiara Fernandes, coordenadora do ATER-Marajó.

As discussões de DRPs realizadas no ano de 2014, foram cruciais para um segundo momento no projeto: a elaboração de Planos de Desenvolvimento.

Cada item do Plano de Desenvolvimento visa definir ações de curto, médio e longo prazo, tendo como objetivo a qualificação da produção, comercialização, infraestrutura, gestão comunitária, organização social, recuperação, regularização e licenciamento do uso dos recursos naturais, realização de simulações de composição de atividades agroextrativistas e não agroextrativistas.

“Nós fizemos uma devolutória dos DRPs e discutimos temas como o plano da organização social, projeto de desenvolvimento produtivo e, por fim, um plano de comercialização”, relata Thiara. “Resolvemos disponibilizar os documentos para que outras pessoas tenham acesso à nossa metodologia e possam replicá-las, ou até mesmo criticá-las. Recebemos muitos pedidos de acadêmicos também, querendo entender nossos resultados e utilizarem em trabalhos de conclusão de curso”, diz Thiara.

O resultado destas ações são relatórios que mostram à equipe e às comunidades um retrato que pode ser utilizado para a melhor estruturação e participação dos beneficiários na organização social local, além de acesso aos direitos básicos e políticas públicas.

“A conclusão deste trabalho mostra que os assentados têm urgência de informações mais concretas, que orientem no sentido de melhores práticas produtivas, acesso a políticas públicas de financiamento, benefícios e crédito, além de ferramentas metodológicas de organização e autogestão. Entendemos que,  ao  promover estes espaços de diálogo entre o grupo social, mediando as  discussões internas, sobre seus problemas e potencialidades,  e este debate ser registrado como o Plano de Desenvolvimento Local,  as chances de uma transformação social positiva são bem maiores já que o grupo se configura em atores das mudanças que desejam para o território”.  “Além disso, como a construção dos planos foi feita no inicio deste ano, já podemos avaliar resultados, principalmente nas organizações locais, que estão mais bem articuladas internamente e construindo uma boa rede de relações com atores externos”. pondera Thiara.

Confira, abaixo, os documentos

1 – Diagnósticos Rápido Participativos

Relatórios

Registro fotográfico

2 – Planos Participativos

 

 

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