PCU e Viva Melhor Sabendo Jovem levam educação em saúde e protagonismo para escolas municipais e estaduais em Belém

Por Instituto Peabiru
Publicado em 14/10/2016

Projeto do UNICEF em parceria com o Instituto Peabiru leva oficinas para escolas e testagens para ambientes públicos da capital paraense

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   “O projeto foi uma fórmula de eu ver as coisas por outros ângulos. Tipo antes de eu participar, eu era uma pessoa bagunceira rebelde. Hoje, sou um cara tranquilo e sei conviver com as pessoas graças a esse projeto”. A declaração é de Paulo Henrique, aluno da Liceu Mestre Raimundo, escola municipal localizada no distrito de Icoaraci, que foi uma das envolvidas na ação.

Relatos como o dele mostram o impacto que esta fase da Plataforma de Centros Urbanos (PCU) teve nos mais de 3 mil indivíduos alcançados. Nessa etapa, que durou um ano (setembro de 2015 a setembro de 2016), os esforços foram concentrados na estratégia Viva Melhor Sabendo Jovem, desenvolvida no eixo de Protagonismo de Adolescentes da PCU.

A proposta foi, a partir da constituição de um grupo de 32 jovens articuladores, levar conteúdos importantes para a formação cidadã de adolescentes nas escolas municipais e estaduais, além de ampliar a testagem para HIV/AIDS, Síflis e Hepatites ao público de 14 a 29 anos em Belém, orientá-los sobre prevenção dessas Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e acompanhá-los no tratamento se necessário.

Nesse sentido, o projeto apresentou resultados relevantes, que superaram as metas iniciais estabelecidas:

2.026 indivíduos testados, sendo 1.017 na entre 15 e 24 anos, 126 entre 25 e 29 anos;

158 adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas testados para HIV, sífilis e hepatites virais;

60 profissionais que atuam em centros de internação testados

10 profissionais de socioeducação envolvidos participaram de oficina sobre o PEP KIT

29 adolescentes/jovens em grupo de adesão/retenção ao TARV.

406 alunos participando de formações

3.000 adolescentes recebendo informação sobre prevenção ao HIV/Aids, sífilis e hepatites virais.

Nas Escolas e unidades de socioeducação – Os estudantes e adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas foram capacitados pelos articuladores dos projetos em diversos temas, como combate ao HIV, sífilis e hepatites virais, cultura de paz, educomunicação, controle social, prevenção do uso abusivo de álcool e outras drogas e a luta contra o mosquito Aedes Aegypti – transmissor da dengue, da zika e da chikungunya.

“A contribuição do projeto para os meus alunos foi a mudança da concepção deles sobre eles mesmos, eles no espelho, e sobre a vida que eles estavam levando. Eles começaram a entender os direitos e os deveres deles dentro da sociedade, viraram alunos mais críticos, viram líderes e multiplicadores desses conhecimentos na escola”, contou a professora da escola Liceu Mestre Raimundo, Thamires Vale.

 

14444611_924392237704890_4342785857543094927_oNos espaços públicos – Os jovens articuladores desenvolveram atividades de mobilização para testagem de HIV/Aids, sífilis e hepatites virais em escolas, praças e locais de grande trânsito de pessoas. A ideia era levar a testagem até os locais onde as pessoas estavam. Assim, foram realizadas ações, por exemplo, durante a programação do concurso de quadrilhas juninas de Belém, na 9° Parada LGBT de Mosqueiro e na testagem fluvial nas ilhas de Belém.

“Foi uma coisa enriquecedora, porque me mostrou que existem vários tipos de personalidade, que são vários pensamentos. E levar cada conteúdo para esses jovens foi uma coisa marcante”, afirmou o jovem articulador Johnny Neri, que teve atuação forte nas escolas, bem como nas testagens.

Parceria – O Projeto Viva Melhor Sabendo Jovem foi promovido em Fortaleza, São Paulo, Porto Alegre, Recife, Manaus e em Belém, onde a parceria foi desenvolvida entre UNICEF, Governo do Pará, Prefeitura Municipal de Belém e Instituto Peabiru. Na capital paraense, contou com a atuação de redes que atuam na articulação e mobilização: Jovens + Pará, Coletivo de Homens Trans, Grupo de Resistência de Travestis e Transexuais da Amazônia, Coletivo Tela Firme, Federação de Órgãos Para a Assistência social e Educacional (Fase) e Juventude Unida pela Vida na Amazônia(JUVA).

A iniciativa fez parte da Plataforma dos Centros Urbanos (PCU) que é uma contribuição do UNICEF na busca de um modelo de desenvolvimento inclusivo das grandes cidades, que reduza as desigualdades que afetam a vida de suas crianças e seus adolescentes. Trata-se de uma metodologia que visou à implementação de políticas públicas e ações voltadas a infância e adolescência a partir do trabalho em rede e da participação popular.

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