Comunidade rural decide desenvolver ecoturismo de base comunitária

Comunidade de Candeua, em Curuçá, tem como atrativos belos igarapés, mangues e passeios de canoa. Foto: Ana Gabriela Fontoura.
Agricultores, artesãos, estudantes, professoras, donas de casa e pescadores da comunidade de Candeua, no município de Curuçá, participaram na quinta-feira, 22, de uma oficina sobre Ecoturismo de Base Comunitária (EBC). Foram apresentados os princípios para o desenvolvimento da atividade pela coordenadora de EBC do Instituto Peabiru, Ana Gabriela Fontoura, como parte da programação do Programa Casa da Virada, em parceria com a Secretaria Municipal de Turismo de Curuçá.
Durante a oficina, os participantes indicaram pontos positivos e negativos do turismo e construíram de maneira participativa um primeiro mapa de atrativos da localidade, que possui belos igarapés, mangues, artesanato e danças folclóricas. Candeua está inserida na área da Reserva Extrativista Mãe Grande Curuçá . Ao final do dia, todos foram a favor de continuar a participar das ações de capacitação para receber visitantes na comunidade. “Acredito que o nosso lugar tem potencial para receber turistas”, disse Elisângela Gomes, presidente da Associação dos Moradores da Comunidade do Candeua.
De acordo com a coordenadora de EBC do Instituto Peabiru, o turismo de base comunitária segue princípios fundamentais, que destacam a conservação ambiental, a valorização da cultura local, a oportunidade de aprendizado e renda complementar e, sobretudo, o planejamento e desenvolvimento da atividade a partir da comunidade. “É importante entender o ecoturismo de base comunitária como uma renda extra, complementar para as famílias. Temos que lembrar que não será a atividade principal da comunidade”, explica Ana Gabriela Fontoura.
Muitos moradores destacaram a importância de iniciar atividades turísticas na localidade. “Temos aqui coisas muito belas que precisam ser valorizadas”, comentou a professora Elinete Teles. “Será uma grande oportunidade de aprendizado. Eles aprendem com a gente e a gente com eles”, evidenciou Elliene Luz. “É importante para divulgar a cultura da comunidade”, avaliou a dona de casa Marússia Magno.