Oficinas ensinam jovens a construir uma cultura de paz nas escolas

Por Instituto Peabiru
Publicado em 01/02/2016
Em dois dias de treinamento intenso, 14 jovens aprenderam a disseminar informações sobre saúde, como forma de prevenção contra o vírus HIV, as doenças sífilis e hepatite, e combate ao uso abusivo de álcool e outras drogas, dentro das oficinas do projeto “Protagonismo de Adolescentes”, da Plataforma de Centros Urbanos & Viva Melhor Sabendo Jovem. FOTO: RODOLFO OLIVEIRA / AG. PARÁ DATA: 29.01.2016 BELÉM - PARÁ

Jovens aprenderam a disseminar informações sobre saúde dentro das oficinas do projeto “Protagonismo de Adolescentes”, da Plataforma de Centros Urbanos & Viva Melhor Sabendo Jovem. FOTO: RODOLFO OLIVEIRA / AG. PARÁ

Fonte: Agência Pará de Notícias

Em dois dias de treinamento intenso, 14 jovens aprenderam a disseminar informações sobre saúde, como forma de prevenção contra o vírus HIV, as doenças sífilis e hepatite, e combate ao uso abusivo de álcool e outras drogas, dentro das oficinas do projeto “Protagonismo de Adolescentes”, da Plataforma de Centros Urbanos & Viva Melhor Sabendo Jovem. Com o objetivo de consolidar uma cultura de paz, o projeto está sendo desenvolvido pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e Instituto Peabiru, em parceria com o Governo do Pará, por meio do Pro Paz, e Prefeitura de Belém.

Os participantes das oficinas realizaram dois dias de atividades – quinta (28) e sexta-feira (29) -, na Escola Estadual Orlando Bitar. “Isso muda nossa forma de ver o mundo. A gente está aprendendo a se conhecer melhor, entendendo que nós podemos ser protagonistas da mudança em nossos ambientes. Todo adolescente precisa de atenção, de conhecimento, e precisa entender que isso nos fará melhores no futuro, saber o que faz bem para nossa saúde”, disse Brenda Rodrigues, 18 anos, aluna do IEEP (Instituto de Educação Estadual do Pará).

Dentre as estratégias adotadas, a mais importante é o desenvolvimento de competências dos jovens para participação em projetos dentro da escola, além da vontade de fazer parte das mudanças e melhorias nesses espaços, se tornando multiplicadores de informações que ajudam na prevenção de doenças.

Protagonismo – “Para nós, do Pro Paz, que buscamos cada vez mais essa cultura de paz nas escolas, o mais importante desse projeto é o protagonismo juvenil, a valorização da postura dos jovens frente a outros jovens, capacitando-os para que possam interagir com seus pares dentro das escolas. É essencial dar ao aluno a sensação de pertencimento ao espaço escolar. Se hoje a escola é depredada pelo próprio aluno é porque ele não tem esse sentimento. Acredito que isso vai ajudá-los nesse sentido. Sem mencionar o resgate de valores, como ética, cidadania e cultura de paz, que serão abordados nas capacitações. Ao final, esperamos que eles possam propor políticas públicas para melhoria do coletivo”, ressaltou Mônica Altman, coordenadora do Pro Paz Escola.

A primeira temática abordada foi “Identidade e Grupalização”, mas ainda serão realizadas capacitações com os seguintes temas: “Participação, Controle Social de Políticas Públicas”, “Prevenção e Tratamento HIV/Aids, Sífilis e Hepatites Virais”, “Prevenção do Uso Abusivo de Álcool e Outras Drogas”, “Direitos Sexuais Reprodutivose”, “Cultura de Paz” e “Educomunicação na Educação Entre Pares”.

“O intuito aqui é desenvolver as habilidades desses jovens para que se tornem multiplicadores de conhecimentos e se sintam responsáveis pelo seu espaço, sua escola. Ele se sente partícipe desse contexto e passa a sentir vontade de desenvolver atividades de construção coletiva e direitos humanos. Juntos, eles agregam conhecimento e se sentem empoderados para desenvolver essas atividades sociais”, explicou Selli Rosa, coordenadora do projeto pelo Instituto Peabiru.

A adolescente Dhessica Souza, 15 anos, aluna da Escola Visconde de Souza Franco, já realiza trabalhos com o Grêmio Estudantil, visando multiplicar entre os colegas e demais adolescentes o sentimento de pertencimento e o direito à participação social. “Nós já desenvolvemos um jornal e atividades de arte e cultura dentro da escola, mas acredito que essa capacitação é importante para que tenhamos mais conhecimento sobre o poder da grupalização e para aprender a trabalhar nossas identidades. Hoje aprendi muito sobre a importância da articulação entre nós e protagonismo, tão essencial para nossas iniciativas”, declarou a estudante.

Nathalia Petta
Fundação Pro Paz

 

 

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