Instituto Peabiru apresenta Relatório Anual de 2023
Carta do Diretor
“Do ponto de vista estratégico, adotamos uma abordagem mais ágil, com ciclos de vida mais curtos, na metodologia OKR (Objectives and Key Results). Avançamos na definição de 4 eixos estratégicos para: Articulação Social; Educação e Sustentabilidade; Pesquisa e Diagnóstico; e, Sistemas Produtivos Localizados. Permeando esses eixos destaca-se a atenção à Tecnologia Social – o conhecimento compartilhado por comunidades e povos sobre diferentes técnicas.
Nos Sistemas Produtivos Localizados, fortalecemos o programa Abelhas da Amazônia, com o apoio do Instituto Clima e Sociedade (ICS) e da Embaixada da Eslovênia. Em Barcarena (PA), avançamos na execução dos projetos Ativa Barcarena, realizado pela Hydro Alunorte e Albras, e do projeto Tipitix, do Fundo de Sustentabilidade Hydro e da Fundação Mitsui Bussan; além do Projeto Ybá, da Dow Chemicals, em Breu Branco (PA).
No eixo Educação e Sustentabilidade, concluímos a primeira etapa do Mangues da Amazônia, parceria com o Laboratório de Ecologia de Manguezal, da UFPA e da Associação Sarambuí, e patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental e do Governo Federal, e firmado o patrocínio para a 2a etapa. O Peabiru se dedica a manguezais há 17 anos.
Na Articulação Social, a contribuição do Peabiru ao Selo UNICEF supera uma década, com a adesão de 317 municípios no Amapá, Mato Grosso, Pará e Tocantins. Contribuímos, igualmente, para a Agenda Cidade UNICEF em Belém. A pandemia seguiu sob atenção no Te Sai Covid Marajó, apoiado pela USAID, em que foram aplicadas quase 40 mil doses de diferentes vacinas, envolvendo 579 profissionais dos municípios marajoaras. Na área de exclusão energética e acesso à água destaca-se o Quilombo Solar, no Quilombo África e Laranjituba, Mojú (PA), parceria com o IDEAAS e financiamento da Foundation Setec (França), em colaboração com a Setec Hidrobrasileira.
E, no eixo Pesquisa e Diagnóstico realizamos 4 estudos – o diagnóstico socioeconômico para o projeto de REDD+ Lagoa do Triunfo, parceria com a Biofílica, em São Félix do Xingu (PA); o diagnóstico social para a aquisição de propriedades visando créditos de carbono e o calendário produtivo e de uso do fogo dos vizinhos da Fazenda Turmalina, em Mãe do Rio (PA), ambos para a Mombak; e, para a rede Uma Concertação da Amazônia, financiado pelo Instituto Arapyaú, mapeamos instituições privadas e da produção de conhecimento da Amazônia. Como pesquisa participamos do grupo Bioeconomia da Amazônia (USP, INPA, UFPA e Peabiru), financiado pelo Cnpq e Fapesp.
Tivemos a segunda maior receita da história do Peabiru e a maior captação anual de recursos da instituição, além de elevar os fundos de investimento próprios, garantindo maior estabilidade institucional.
O órgão máximo da instituição, a Assembleia, recebeu novos associados – Maria Amélia Enriquez e Victor Bertussi del Vecchio. Agradecemos a contribuição de Gilberto de Souza Meirelles Neto e de José Maria de Abreu de Mattos Neto que deixaram a Assembleia. Gilberto segue como conselheiro fiscal.
Avançamos nas políticas institucionais, criando um Comitê de Ética e Integridade e estabelecendo uma Política de Recursos Humanos. Além dos 3 Grupos de Trabalho (GT) internos, criamos um GT para a Agricultura.
Agradecemos às 25 fontes de recursos e às 36 organizações parceiras que confiaram em nosso trabalho e, em especial, às 83 pessoas que contribuíram diretamente, entre colaboradores e colaboradoras e voluntários e voluntárias, para a instituição, além dos 24 conselheiros e conselheiras da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal.”
João Meirelles
Diretor Geral