Com início em 2007, o Instituto Peabiru atuou no município de Curuçá, no Salgado Paraense, através do Programa Casa da Virada, em pesquisas científicas para identificar as principais problemáticas socioeconômicas e ambientais e fortalecer os grupos tradicionais locais. Este trabalho foi financiado pelo edital público PETROBRAS Ambiental, complementado por recursos dos editais públicos Criança Esperança (Rede Globo e UNESCO) e Ministério do Turismo.
A região apresenta baixo IDH e altos índices de desmatamento, porém possui muitas riquezas em biodiversidade e cultura. É onde está localizada a Reserva Extrativista Mãe Grande de Curuçá, que conserva cerca de 20 mil hectares de manguezais. Ao mesmo tempo, Curuçá atrai forte debate sobre dois mega-projetos: o Super Porto do Espadarte, e a Estação Flutuante de Transbordo, por está situada ao extremo sul do Estuário do Amazonas-Tocantins, com características naturais ideais para portos off-shore.
Diante destes desafios, o Programa desenvolveu ações de valorização da biodiversidade e consolidação de pesquisas científicas com o Museu Goeldi, além do fortalecer o Ecoturismo de Base Comunitária e a produção de mel de Abelhas Nativas e formação de novos agentes ambientais.
Na primeira etapa, realizada entre 2007 e 2009, o Programa Casa da Virada conquistou os seguintes resultados:
- O lançamento do Fórum da Agenda 21 abrangendo 52 comunidades rurais;
- A formação de 120 agentes ambientais, estudantes de escolas públicas locais;
- O desenvolvimento de duas cadeias de valor inclusivas: o ecoturismo de base comunitári e a produção de mel de abelhas nativas, com a associação local, a ASMELC;
- Pesquisas científicas que, entre outros resultados, levaram ao registro das cinco espécies tartarugas marinhas presentes na costa brasileira, bem como indícios de um novo tipo de ecossistema – a Floresta Amazônica Atlântica.
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