Duração: 2014-2018.
Território: Pará e Amapá.
Financiadores: BNDES (Fundo Amazônia).
O Projeto Néctar da Amazônia teve por objetivo fortalecer a cadeia de valor do mel de abelhas nativas silvestres em comunidades tradicionais da Amazônia. Oportunidade única de aliar a geração local de renda, combater as queimadas e o desmatamento, promover a conservação da biodiversidade e valorizar os serviços ambientais como a polinização.
O projeto resulta de dez anos de experiência do Instituto Peabiru na temática e relação com as diferentes comunidades envolvidas nos cinco polos beneficiados em dois estados – Pará (Polo Curuçá; Polo Calha Norte, incluíndo os municípios de Monte Alegre e Almeirim) e Amapá (Polo Macapá e Polo Oiapoque).
O projeto Néctar da Amazônia recebeu recursos do Fundo Amazônia (BNDES). A ação iniciou-se em fins de 2014 com encerramento em outubro de 2018. O projeto consolidou a etapa de multiplicação das colmeias, capacitação dos produtores, licenciamento da atividade, fortalecimento dos sistemas agroflorestais piloto e outras atividades associadas. O projeto alcançou beneficiários de 24 comunidades em 5 municípios.
O projeto é pioneiro, a nível nacional, ao obter a autorização para os criadores com mais de 50 caixas de abelhas pelo SISFAUNA (sistema de monitoramento de fauna do IBAMA, administrado pelos estados, no caso, Pará e Amapá).
Abrangência territorial
Municípios contemplados no projeto:
No Pará: Curuçá, Almeirim e Monte Alegre;
No Amapá: Macapá e Oiapoque.
Beneficiários
O projeto atendeu 101 produtores de 24 comunidades rurais em áreas quilombolas, indígenas e povos e comunidades tradicionais do entorno de unidades de conservação (ribeirinhas e extrativistas).
Papel do Instituto Peabiru
O Instituto Peabiru exerceu o papel de execução técnica e financeira do projeto.
Resultados
Consolidação dos meliponários e Início da produção
Após vários anos de multiplicação do plantel inicial, a maioria das comunidades chegou aos números viáveis para a produção de volume desejado de mel por cada família ou grupo produtor.
Nesses meliponários consolidados foram instaladas as melgueiras-X que têm maior capacidade de produção de mel. Hoje das 2.596 caixas com abelhas, temos melgueiras-X em 2.140. Na safra de 2018 (outubro a dezembro), há previsão de produção de 2 toneladas nas comunidades do projeto.
Na safra do ano passado (2017), em que apenas Monte Alegre produziu, foram produzidos 301 quilos de mel, sendo 243 quilos comercializados, o que gerou uma renda de R$ 7.290,00 e o restante foi destinado para o consumo da família.
Formação de Técnicos Qualificados para atender os territórios
Seguramente, os técnicos comunitários são um dos principais atores no processo de consolidação da Meliponicultura nos polos do projeto. Esses técnicos são responsáveis pelo pleno desenvolvimento das colônias, assim contribuindo para a manutenção e o desenvolvimento desse importante patrimônio biológico.
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