Progoeldi

Duração: 2015-atual.
Território: Amazônia, especialmente Belém, Pará.
Financiadores: Equatorial, BNDES, Akzo Nobel (Tintas Coral), Banpará, Banco da Amazônia, entre outros.

Conservação da Biodiversidade.

O Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e o Instituto Peabiru, em 03 de julho de 2015, publicado no Diário Oficial da União em 10 de julho do mesmo ano, constituiu o marco inicial de uma trajetória institucional inovadora, caracterizada pela soma de competências e pela consolidação de uma agenda colaborativa de grande impacto para a Amazônia.

Renovado em 2020 por meio do Acordo de Cooperação Técnica SEI/MCTI nº 5862021, vigente até 2025, sob a gestão da Diretora Ana Luisa Ker Mangabeira Albernaz, o pacto institucional demonstrou-se um pilar essencial para a execução e ampliação do Programa ProGoeldi. Em uma década de vigência, o acordo consolidou-se como instrumento jurídico e administrativo indispensável para o alcance de resultados estratégicos ao Museu e ao próprio Estado brasileiro, em conformidade com o interesse público.

No decorrer desse período, a parceria promoveu avanços expressivos em diversas frentes:

Mobilização de recursos: captação de investimentos nacionais e internacionais que garantiram a sustentabilidade de projetos de pesquisa, conservação e difusão cultural.

Gestão qualificada de projetos: implementação de mecanismos de planejamento, monitoramento e avaliação que asseguraram eficiência na aplicação dos recursos e efetividade dos resultados.

Comunicação institucional: fortalecimento da imagem do Museu Goeldi como referência global em ciência, cultura e sustentabilidade na Amazônia.

Articulação de redes e parcerias: estabelecimento de vínculos sólidos com atores estratégicos, como a Embaixada da Suíça, a Swissnex, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, a Bienal de São Paulo e a UNESP, entre outros.

Casa Goeldi – um projeto de resgate ao passado para fortalecer o futuro

Fachada da rocinha em foto dos anos 1950, onde se observam a varanda frontal, em nível inferior, a escada de acesso à sala da lateral esquerda da edificação e duas janelas simétricas ao centro. Fonte: Arquivo Mariana Bordallo.

O projeto Casa Goeldi é uma iniciativa conjunta do Museu Paraense Emílio Goeldi, Embaixada da Suíça no Brasil, Governo do Estado do Pará e Instituto Peabiru. 

Localizada no Parque Zoobotânico, com entrada pela Trav. 9 de Janeiro, e datada do século XIX, a casa é um patrimônio arquitetônico raro do estilo conhecido como “Rocinha”. Serviu como residência de cientistas dedicados à pesquisa amazônica e abrigou o naturalista suíço Emílio Goeldi, que dirigiu o museu a partir de 1894 e foi responsável por importantes avanços no conhecimento científico sobre a região. 

Foto tomada da varanda em direção ao jardim frontal, onde foi construída uma fonte em alvenaria. Por trás do muro, edificações da Travessa Nove de Janeiro.  Fonte: Arquivo Mariana Bordallo. 

Ao longo da última década, o Instituto Peabiru e o Museu Goeldi estabeleceram uma sólida parceria por meio do programa ProGoeldi, com foco no fortalecimento da ciência, no engajamento de instituições e em ações transformadoras para a Amazônia. Entre os resultados marcantes estão o Projeto Recinto das Aves, o Clube do Pesquisador Mirim, o apoio ao Aquário Jacques Huber e a renovação da identidade visual do museu. 

Em 2024, esse compromisso se expande com o surgimento de um novo projeto que reúne grandes instituições atuantes na Amazônia, com o propósito de devolver à sociedade um espaço histórico que outrora abrigou o diretor Emílio Goeldi. 

Nasce, então, o projeto Casa Goeldi, que em 2025 conquista importantes patrocinadores: o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Fundação Ameropa, o Banco UBS e a EBP Brasil Consultoria e Engenharia LTDA. Seu principal objetivo é revitalizar o imóvel, resgatando seu valor histórico e arquitetônico, e ao mesmo tempo implementar um design contemporâneo que acolha diferentes parceiros do Museu na criação de um centro de inovação em tecnologias sociais, biológicas e educacionais. O conceito arquitetônico é assinado pelo renomado escritório suíço Herzog & De Meuron, com execução e restauro sob a liderança do Instituto Pedra. 

Esse movimento ganha ainda mais relevância em um momento estratégico: Belém será sede da COP-30, e em 2026 o Museu Goeldi celebrará seus 160 anos de história. Para o diretor do Instituto Peabiru, João Meirelles, a revitalização da Casa Goeldi simboliza o compromisso das instituições envolvidas com a população amazônida. 

“Na verdade, o Parque Zoobotânico do Museu Goeldi é muito mais que um zoológico ou um jardim botânico, é um espaço para eventos, exposições, atividades educacionais e lazer, atendendo a diversos públicos, e que abrangem múltiplos temas como a arqueologia, paleontologia, antropologia e diversas outras ciências. Com a Casa Goeldi, o Parque ganhará um espaço revitalizado, dedicado aos povos e comunidades tradicionais e às tecnologias sociais”, explica João. 

O diretor também compartilha a expectativa para os próximos passos do projeto:   

“Estamos em plena campanha de mobilização de recursos e parcerias e esperamos que seja possível concluir as obras e entregar a edificação e o espaço para a população em meados de 2026.” 

Acompanhe os próximos capítulos dessa jornada de memória, ciência e transformação social. A revitalização da Casa Goeldi é apenas o começo de um novo ciclo para a cultura e inovação na Amazônia. 

Emílio Goeldi e Adelina Goeldi-Meyer no prédio principal do Museu Paraense – também em estilo Rocinha – atual Pavilhão Domingos Soares Ferreira Penna . Fotógrafo não identificado, 1895. Fonte: Staatsarchiv des Kantons Basel-Stadt, PA 694c A 4-1 (1) 3. Basileia, Suíça.

Mobilização Pré COP30

Em 2024, houve a ampliação da interlocução com diversos parceiros, através da parceria ProGoeldi, que visa fortalecer e protagonizar o Museu como um dos principais espaços de conhecimento, diálogo, respeito e transformação da Amazônia. Essa iniciativa resultou em um engajamento mais significativo entre os diversos atores envolvidos na região.

Parcerias com a Embaixada da Suíça e Swissnex

A Embaixada da Suíça e o Swissnex desempenham um papel fundamental nas iniciativas do Museu Goeldi relacionadas à COP30. Esses parceiros ocuparão o Chalé João Batista de Sá, que será o palco de eventos alinhados com a agenda do Museu, fortalecendo o intercâmbio cultural e científico. Além disso, a Embaixada tem dedicado esforços para estabelecer um legado significativo para o Museu e para a cidade de Belém, com o projeto de renovação da “Casa Goeldi”, contando com o envolvimento do Governo do Estado do Pará, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Escritório de Arquitetura Herzog e De Meuron, Instituto Pedra, Fundação Ameropa, Banco UBS, Empresa EBP, Fundação MSC, levantando recursos proximo ao montante de 4 milhões de reais.

Apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

O BID é um importante apoiador das ações do Museu Goeldi, contribuindo significativamente para os esforços de transformação e inovação na Amazônia. Como parte dessa parceria, o BID ocupará o Chalé Rodolfo Ciqueira Rodrigues, onde parte de sua equipe e parceiros promoverão diversas reuniões e painéis, movimentando o espaço com atividades estratégicas. Além disso, o BID, em colaboração com o Museu Goeldi e outros parceiros, desenvolverá uma série de eventos e temáticas que serão explorados no Auditório do Centro Eduardo Galvão. Conforme mencionado anteriormente, o BID também apoia projetos importantes como a renovação da Casa Goeldi e a reestruturação da Exposição Permanente “Diversidades Amazônicas”, Arte Muralista no Centro de Exposições Eduardo Galvão, somados totalizam mais de 1 milhão e 200 mil reais aportados. Em análise, segue a proposta de expansão das atividades da Estação Científica Ferreira Pena, aplicada para o Fundo AMDTF, no valor de 20 milhões, reafirmando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a valorização da Amazônia.

Loja Goeldi COP30

Atuação como facilitador e articulador das estruturas para implementação dos produtos e prestação de serviço de venda através de parceiros locais, viabilizando para o grande público acesso aos produtos com identidade do Museu. A loja será estruturada em formato quiosque dentro do Eduardo Galvão.

Muralismo do Coletivo Mahku

A Fundação Bienal de São Paulo, Galeria Carmo Johnson eo Peabiru firmaram parceria para realização do projeto de intervenção de arte apresentado pela MAHKU – Movimento dos Artistas Huni Kuin (Acre) no Museu Paraense Emílio Goeldi, visando contribuir para a promoção do patrimônio histórico e artístico e ambiental da Amazônia. Este projeto é financiado pela Bloomberg. 

Muralismo Botânico BID

Execução de dois murais botânicos usando elementos do Goeldi como inspiração. 

O Mural interno, na parte do mezanino do Centro de Exposições Eduardo Galvão, realizado pela artista paraense Cely Arikem, retrata a lenda da vitória-régia. A lenda da vitória-régia ganha nova vida pelas mãos de Cely Arikem, artista-pajé urbana de Belém. Seu mural é um portal para o encantamento, conectando o mito amazônico ao lago de vitórias-régias do Parque Zoobotânico. 

O outro mural, localizado no grande paredão externo do Centro Eduardo Galvão, elaborado pela artista  paraense Drika Chagas. Inspirada nos livros do museu “Orquídeas Nativas da Amazônia Brasileira” e “Plantas Aromáticas do Ver-o-Peso”, Drika Chagas pinta um mural que é jardim e biblioteca. A arte celebra a diversidade vegetal da Amazônia e os saberes populares que habitam o mercado.

Exposição Diversidades e UNESP

A Universidade de São Paulo e o Museu irão somar saberes para potencializar a Exposição Diversidades, ampliando os saberes oriundos das pesquisas científicas através das imersões propostas pela exposição. Será realizada uma instalação, similar a estrutura posta na Casa da Floresta, de um grande Matapi, em que as pessoas irão acessar ao final da exposição.

CLUBE DO PESQUISADOR MIRIM

O Clube é uma ação educativa que oportuniza aos participantes, desde 1997, o acompanhamento de pesquisas realizadas no Museu Paraense Emílio Goeldi e os primeiros contatos com métodos e técnicas científicas. O projeto objetiva estimular em alunos do ensino fundamental o interesse pela iniciação científica por meio de experiências teóricas e práticas, tendo como base as pesquisas desenvolvidas no Museu Goeldi. No ano de 2022, a Fundação Telefônica demonstrou interesse em apoiar a iniciativa e de promover o dia do voluntariado no museu. Assim, foi aportado o valor de R$ 35.184,25 para apoiar a manutenção da Biblioteca, aquisição de equipamentos (impressora 3D, microscópio, tablets, computador, projetor, etc.) e a realização do Dia dos Voluntários, que promoveu atividades de revitalização no Parque Zoobotânico Museu Emílio Goeldi, no dia 23 de setembro de 2022, contando com a mobilização de 150 voluntários.

Campanha de Matchfunding para Reforma do Recinto das Aves

A reforma de recintos de aves do Parque, viabilizada a partir da seleção da campanha em prol da reforma pelo programa organizado pela plataforma Benfeitoria em parceria com o BNDES, tendo o projeto do ProGoeldi sido um dos vencedores. A campanha superou os limites da proposta, fixados em R$ 86 mil, tendo sido finalizada com um montante de de R$ 126.663,00.

Apoio ao Aquário Jacques Huber

A abertura e manutenção do Aquário Jacques Huber – o mais antigo aquário público do Brasil, fechado há mais de 15 anos – resultado do imenso esforço dos funcionários e da gestão do Museu Goeldi, foi finalmente contemplada em melhorias estruturais e de acolhimento ao público e às espécies, com base na parceria que o Instituto Peabiru realizou com a Equatorial Energia (antiga CELPA), em edital público desde 2017 e formalização em 2018, com recursos provenientes do BNDES, concluídos em 2019

Teatro-Educação Ambiental no Café do Museu Goeldi

Escolhido por processo de licitação do Banco da Amazônia, o projeto Teatro-Educação Ambiental no Espaço Museu Goeldi, com o objetivo de levar gratuitamente, especialmente famílias de baixa renda,  para cerca de 1.440 pessoas, , eventos culturais na promoção da educação ambiental e patrimonial, valorização da sociobiodiversidade amazônica e promoção da leitura de temas paraenses.

Expedição Museu Goeldi Shopping Boulevard

Entre novembro e dezembro de 2017, por iniciativa dos coordenadores do Museu Goeldi, o ProGoeldi esteve presente na instalação de espaço temático no Boulevard Shopping, que ofereceu ônibus personalizado para levar clientes do Shopping ao Museu.

Gestão do Café Museu

A gestão do espaço Ernst Lohse, denominado no Termo de Referência OI 034/2017 como “Café Museu”, teve o Termo de Outorga para Gestão em Parceria Espaço Ernst Lohse “Café Museu”, assinado no dia 24 de abril de 2023, junto a empresa Megusta Ltda – ME, para o retorno das atividades ocupar e gerenciar o espaço “Café Museu” visando o retorno das atividades paralisadas durante o período de pandemia, 2020-2022. Em contrapartida pelo uso do espaço é doado um valor mensal de R$1.500,00 reais para a conta ProGoeldi, destinada a suprir demandas institucionais do Museu.

Loja do Museu Goeldi

Em fevereiro de 2017 estabelecemos em conjunto com a Diretoria do Museu uma nova proposta para um Conselho Curador da Loja Goeldi, visando melhorar a dinâmica entre produtos originalmente oferecidos com avaliação técnica adequada e a relação com fornecedores em geral.

Suporte de manutenção aos espaços do museu

Novos deques em parceria com a Susipe. Além do recinto do Tambaqui (Lago das aves brejeiras), que ganhou novo tablado em madeira certificada, a parceria com a Susipe continuou com a obra do novo deque externo do Espaço Museu Goeldi, com a previsão de ampliar os serviços de Loja e Livraria para um recinto de Café Gourmet, aberto em 2018 e em funcionamento.

Em outubro de 2016 o Museu Goeldi apoiou os eventos de comemoração dos 150 anos

Primeira Feira de Produtos orgânicos com a Susipe

Em parceria com a Susipe, o Programa ProGoeldi realizou no período, aos sábados, Feiras de Produtos com base na produção das penitenciárias agrícolas do Estado.

Nova Identidade do Museu e sinalização ambiental do Parque

Como parte da parceria com a Equatorial Energia, foi contratada a empresa Mapinguari Design para a realização da nova identidade do Museu e para o projeto de sinalização do Parque. Esta empresa já havia realizado o selo comemorativo dos 150 anos do Museu.

YOGA NO PARQUE

Com o patrocínio da Imerys Caulim, a partir de maio de 2016, uma vez por semana, o Museu ofereceu gratuitamente aulas de Yoga no Parque, que teve um público inicial de 50 pessoas. O pagamento do professor foi realizado diretamente pela Imerys, sem passar pelo Instituto Peabiru. 

Projeto Vitória Régia – Pintura de Edificações Históricas e Muros Externos do Parque Zoobotânico

Num esforço conjunto para a realização deste projeto, em que a Akzo Nobel (Tintas Coral) doa tintas e oferece capacitação, os internos da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (SUSIPE) representaram a mão de obra; o Programa ProPaz, do Governo do Estado do Pará, pagou esta mão de obra (contribuição previdenciária e vale transporte de 10 internos), iniciou-se em junho de 2016, a reforma e pintura dos mais de mil metros de muros externos do Parque, com reparos nas áreas externas das edificações históricas como a Rocinha. Para a Tintas Coral este é um projeto sociocultural, Tudo de Cor que, desde 2009 leva cor para a vida das pessoas. Se fosse pago, este investimento representaria algo superior a R$ 100.000,00.

ODS atendidos pelo projeto

17. Parcerias e Meios de Implementação
***

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

Confira abaixo os ODS do Instituto Peabiru:
Fome Zero e Agricultura Sustentável Saúde e Bem-Estar Igualdade de Gênero Redução das Desigualdades Vida Terrestre Parcerias e Meios de Implementação
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