Óleo de Palma e agricultura familiar no Pará: riscos e oportunidades
![Plantação de dendê ao longo da PA-150. Foto: Rafael Araújo](https://peabiru.org.br/wp-content/uploads/2012/10/05072012c2a9rafael-araujo-dende-00032.jpeg)
Plantação de dendê ao longo da PA-150. Foto: Rafael Araújo
A agricultura familiar está recebendo incentivos federais e estaduais para a produção de óleo de palma no Pará. Os riscos e oportunidades desses investimentos, que envolvem acesso a crédito e contratos de compra e venda com empresas produtoras, foram discutidos esta semana, de 22 a 24 de outubro, em Belém, na Semana da Palma Sustentável, organizado pelo Imazon e Proforest. O Instituto Peabiru participou do evento contribuindo com os resultados dos monitoramentos dos Indicadores de Sustentabilidade realizados pelo Programa Dendê e Pesquisadores Socioambientais, com apoio da Agropalma, no município de Moju.
A equipe do Programa Dendê, do Instituto Peabiru, abordou a influência das políticas públicas e da palma nas transformações do modo de vida da agricultura familiar na Amazônia, durante a mesa “Agricultura familiar, sustentabilidade e certificação”, que teve ainda a participação da ADM, Agropalma e EcoDendê. As discussões se basearam nos riscos de subcontratação da mão de obra na agricultura familiar, trabalho infantil, pressão sobre os recursos naturais e nas oportunidades de especialização da mão de obra familiar e segurança alimentar.
![Diretor do Instituto Peabiru, João Meirelles, expõe indicadores de sustentabilidade do Programa Dendê](https://peabiru.org.br/wp-content/uploads/2012/10/foto-semana-palma.jpeg)
Diretor do Instituto Peabiru, João Meirelles, expõe os resultados de discussão de grupo durante a Semana da Palma Sustentável
Ao apresentar os Indicadores de Desenvolvimento do Programa Dendê, o Instituto Peabiru ofereceu dados que ajudam a desmistificar essas questões e a refletir como as políticas públicas interferem para o aceleramento e retração desses impactos. Para a coordenadora do projeto do Instituto Peabiru, Ana Carolina Vieira, por meio dos indicadores, o agricultor pode avaliar os impactos da monocultura, as melhorias na qualidade de vida e o que precisa ser fortalecido na relação comercial com a empresa que compra a produção. “O agricultor passa a refletir sobre de que forma melhora a qualidade de vida, se com mais acesso aos direitos básicos de educação, saúde, transporte e outros, ou apenas acesso a bens e produtos”, explica.