Projeto Quilombo Solar avança para segunda fase e celebra resultados da etapa anterior

Por Instituto Peabiru
Publicado em 04/04/2024

O projeto Quilombo Solar, realizado pelo Instituto Peabiru com apoio financeiro e técnico da Fundação Setec e Setec Hidrobrasileira ao longo do ano de 2023, dará início à uma nova fase a ser executada em 2024. Nesta etapa, o projeto irá utilizar a tecnologia de geração de energia a partir de fonte solar para expandir os serviços de fornecimento hídrico comunitário no quilombo África, situado na área rural do município de Moju (PA). Outra novidade da iniciativa é a publicação de um documentário produzido em parceria com o Cine Clube Terra Firme, coletivo artístico formado por jovens que vivem na capital paraense Belém, e que apresenta depoimentos dos beneficiários do projeto ao longo da primeira fase.

“Na primeira fase conseguimos alcançar importantes resultados a partir de uma tecnologia social que chamamos de Bakana Solar, que nada mais são do que simples kits para geração de energia a partir de placas solares, porém de baixo custo e fácil instalação. E ter uma segunda etapa aprovada, para ampliar ainda mais o acesso das comunidades a serviços básicos, neste caso ter água de qualidade, é uma mostra da importância deste tipo de iniciativa”, relata Hannah Maués, gestora do projeto Quilombo Solar pelo Instituto Peabiru.

Para a segunda fase, o projeto terá como entrega a ampliação da capacidade de fornecimento de água na comunidade quilombola África. Para isso, a estrutura da caixa d’água da localidade receberá a instalação de uma bomba d’água alimentada com energia solar. A ideia, segundo Hannah, é aumentar a capacidade para atender até 450 pessoas. Essas medidas visam aprimorar e estabilizar o fornecimento de água às famílias quilombolas da região, contribuindo para a sustentabilidade hídrica e a segurança alimentar local. “Também temos outras atividades previstas, como oficinas sobre instalação e manuseio dos equipamentos instalados e workshops para debater a segurança alimentar e a gestão do turismo comunitário”, cita Maués.

Documentário – “O projeto veio trazendo a energia solar e ao mesmo tempo capacitando as pessoas da comunidade”. O relato é da Míriam Moraes, moradora do Quilombo África. Ela é uma das personagens do documentário que retrata, a partir da voz dos próprios beneficiários, os resultados do projeto Quilombo Solar. “O filme reúne narrativas e falas dos beneficiários sobre a experiência de participar das ações nas localidades e quais melhorias a iniciativa gerou na comunidade”, revela Hannah.

O documentário, disponibilizado no canal do Instituto Peabiru no YouTube (clique aqui ou assista abaixo), também aborda um breve histórico das famílias que habitam os quilombos África e Laranjituba, com foco nas tradições e nas expectativas para o futuro, além de apresentar cenas das oficinas realizadas.

A produção foi realizada em parceria com o coletivo de audiovisual Cineclube Terra Firme, que trabalha desde 2018 com diversas expressões artísticas, os quais compartilharam sua trajetória com a comunidade. Saiba mais sobre o Cineclube Terra Firme seguindo @cineclub_tf no Instagram.

Assista o documentário do projeto Quilombo Solar:

Sobre a primeira fase do projeto Quilombo Solar

A primeira fase do projeto Quilombo Solar estendeu-se durante todo o ano de 2023, e teve como objetivo potencializar a qualidade de vida e de produção dos quilombos beneficiados. As ações expandiram o fornecimento de energia elétrica das comunidades por meio de um plano estratégico, que tinha o propósito de garantir a continuidade das atividades econômicas, educacionais, culturais e de lazer, mesmo na falta de energia proveniente da rede de transmissão. Foi proposta a instalação de sistemas fotovoltaicos (energia solar) para suprir as necessidades energéticas da escola e outros centros comunitários.

O sucesso da iniciativa deu-se pela instalação da tecnologia social “Bakana Solar”, gerador elétrico que possibilita levar energia de baixo custo e alta durabilidade, sendo de fácil aprendizado, instalação e manutenção e podendo ser replicável em locais remotos. Além das ações voltadas para infraestrutura, o projeto Quilombo Solar proporcionou cursos de montagem dos geradores e oficinas formativas, que mobilizaram 10 comunidades quilombolas ao longo das ações.

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