Mulheres Amigas das Abelhas inicia com lideranças nas ilhas do Combu e Cotijuba em Belém (PA)
Financiado pelo edital Amazônia para Sempre, o projeto promove o cultivo de abelhas sem ferrão pelo fortalecimento das comunidades lideradas por mulheres, e da floresta nas ilhas do entorno de Belém (PA).

Para fortalecer a floresta por meio do cultivo de abelhas sem ferrão e do fortalecimento de lideranças mulheres na Amazônia Paraense, o Instituto Peabiru por meio do edital AMazônia para Sempre deu início ao projeto Mulheres Amigas das Abelhas da Amazônia, com as reuniões no mês de março, com o Movimento de Mulheres das Ilhas de Belém (MMIB), em Cotijuba, e com a Associação das Mulheres Extrativistas da Ilha do Combu (AME), ambas ilhas localizadas em Belém (PA).
As reuniões abordaram o passo a passo da implementação do projeto, apresentou os principais objetivos de promover a meliponicultura (cultivo de abelhas sem ferrão), e definiu acordos de atuação em parceria do Instituto Peabiru com as lideranças desses coletivos de mulheres.
A AME trabalha no Combu com o cultivo e comercialização de produtos como andiroba, açai e cacau, por exemplo, e Daniele Raiol, integrante da Associação, expressou motivação ao saber como o cultivo de abelhas também irá fortalecer as outras produções da comunidade.
“Foi muito importante para a gente saber que as abelhas contribuem para melhorar a produção da andiroba, do cacau e das frutas em geral”, disse Daniele Raiol.
Adriana Lima, integrante do Movimento de Mulheres das Ilhas de Belém, afirma que a associação já trabalhava com a meliponicultura, mas que agora vê no projeto uma oportunidade de potencializar o cultivo. “Quando o Instituto Peabiru traz essa parceria, ele potencializa o nosso projeto, que está focado, na sua maioria, em mulheres, para as pessoas que estão dentro da associação, fazendo essa associação ficar mais forte”, diz Adriana.
Além de instalar 400 colméias de abelhas sem ferrão distribuídas nas duas ilhas, o Amigas das Abelhas na Amazônia também irá realizar a formação, capacitação e auxílio técnico para a instalação, monitoramento e análise dos resultados a todas as famílias mobilizadas pelas lideranças nas duas ilhas, com previsão da primeira colheita ao fim do segundo semestre de 2025. Luciana Kellen, gerente de Comunicação e Engajamento do Instituto Peabiru, explica que as comunidades parceiras terão um papel ativo na implementação do projeto.
“É muito importante entender que esse projeto é uma parceria com essas mulheres, onde as metas estabelecidas são técnicas por parte do Peabiru, mas a mobilização, engajamento e envolvimento é a partir do que essas mulheres leem no território. São as formas em que elas entendem que esse projeto pode contribuir para o cotidiano de cada uma delas e de suas famílias.”, explicou Kellen.
O projeto Amigas das Abelhas integra o Programa Amigo das Abelhas da Amazônia, realizado pelo Instituto Peabiru há mais de 15 anos. Selecionado pelo edital Amazônia para Sempre, o Amigas das Abelhas foca no fortalecimento e empoderamento de mulheres e suas famílias, e no seu papel socioeconômico na Amazônia.
Saiba mais em: https://peabiru.org.br/projeto/amigo-das-abelhas-da-amazonia/