Instituto Peabiru e GIZ iniciam cooperação para arranjos produtivos do açaí e da andiroba no Marajó

Por Instituto Peabiru
Publicado em 15/02/2013
Projeto buscar o fortalecimento dos Arranjos Produtivos Locais do açaí no Marajó

Projeto busca o fortalecimento dos Arranjos Produtivos Locais do açaí no Marajó

O Instituto Peabiru recebeu nesta sexta-feira, 15, o cooperante Bert Smit, da Cooperação Técnica Alemã (GIZ), que irá colaborar com o Programa Viva Marajó nos próximos dois anos. A parceria tem como prioridade apoiar o projeto de fortalecimento de Arranjos Produtivos Locais (APL’s) das cadeias de valor da andiroba e açaí no Marajó, financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Ministério do Meio Ambiente. O projeto busca a qualificação e capacitação em gestão de empreendimentos e boas práticas de produção com comunidades envolvidas no extrativismo da andiroba e do açaí.

Bert Smit acumula experiências como cooperante em outros países, como Moçambique, Palestina e Honduras. A partir de agora estará baseado na sede do Instituto Peabiru, em Belém. Johannes Zimpel, representante da organização alemã, destacou que a prioridade é contribuir para os Objetivos do Milênio (ODM) nos 130 países onde atua. Na Amazônia, a GIZ trabalha por meio do Programa de Florestas Tropicais. No estado do Pará está presente em 24 municípios, e envolve parcerias no setor privado e organizações da sociedade civil, entre os quais o Instituto Peabiru.

Bert e Joahanes, da cooperação alemã, participam de reunião com equipe do Instituto Peabiru

Bert e Joahanes, da cooperação alemã, participam de reunião com equipe do Instituto Peabiru

“Esta cooperação deve fortalecer ainda mais o apoio a grupos agroextrativistas em organização, capacitação e comercialização”, aponta João Meirelles Filho, diretor do Instituto Peabiru.

Nesta primeira etapa, serão 12 meses de oficinas participativas de capacitação para representantes de comunidades extrativistas e quilombolas, bem como para instituições participantes das cadeias de valor, envolvidas na execução, apoio e fomento de APL’s. Para garantir que as ações se darão com autênticos representantes locais, o Instituto Peabiru contará com a participação direta do Colegiado de Desenvolvimento Territorial do Marajó (Codetem) e do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), entre outras organizações.

Programa Viva Marajó – O Instituto Peabiru desenvolve, desde 2010, o Programa Viva Marajó, que promove ações para a melhoria da qualidade de vida dos Marajoaras, nas áreas de desenvolvimento local (áreas protegidas e ordenamento territorial), cadeias de valor inclusivas (especialmente farinha de mandioca, andiroba e açaí) e valorização da cultura marajoara.

Entre os principais resultados estão: o fortalecimento da sociedade civil por meio do Colegiado Territorial do Marajó, em demanda a seus direitos básicos; a maior atenção do poder público e da sociedade como um todo às problemáticas do Marajó, e maior discussão sobre o impacto dos arrozeiros na região. O Programa Viva Marajó produziu uma série de documentos, entre os quais se destacam o Diagnóstico Socioeconômico, Ambiental e Cultural do Marajó, denominado “Escuta Marajó”; o primeiro Mapa Fundiário do Marajó; e apoiou o documentário em vídeo “Expedição Viva Marajó”.

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