Intercâmbio ambiental chama atenção para conservação do mangue

Por Instituto Peabiru
Publicado em 14/09/2012

Nesta quinta-feira, 19, o Instituto Peabiru reúne em Curuçá, no nordeste paraense, 37 jovens que participam dos cursos de formação com foco em Educação Ambiental realizados pela ONG.  Durante quatro dias de férias, eles vão conhecer de perto a importância de áreas de mangue para a proteção da biodiversidade marinha, além de exemplos de cadeias de valor sustentáveis, como produção de abelhas nativas sem ferrão e ecoturismo de base comunitária.

Na Reserva Extrativista Mãe Grande Curuçá, encontram-se 20 mil hectares de mangue, parte de um dos maiores manguezais contínuos do mundo, que se estendem entre os estados do Maranhão, Pará e Amapá. O intercâmbio é a oportunidade de troca de experiências entre os participantes do Projeto Indicadores Biossociais, do Programa Dendê, em Moju, e do Programa Casa da Virada, em Curuçá, ambos desenvolvidos pelo Instituto Peabiru.

De Moju, partem 25 alunos da formação em Pesquisa Socioambiental, na maioria filhos de agricultores familiares que cultivam dendê. De Curuçá, são 12 participantes envolvidos nas ações de ecoturismo, criação de abelhas nativas e formação em agentes ambientais.

 

Praia da Romana, 14km de areia branca e manguezais

 

Programação A programação se divide em prática, passeios e encontros com associações que desenvolvem ações sustentáveis. Na sexta-feira, os intercambistas vão conhecer os produtores de mel de abelhas nativas sem ferrão da comunidade de Cabeceiras, em Curuçá. Desde 2007, o Instituto Peabiru desenvolve o Programa Abelhas Nativas no município.

No sábado, a turma vai acompanhar catadores de caranguejo e visitar a Praia da Romana, primeira praia em mar aberto depois da foz do Amazonas. São 14 quilômetros de areia branca e manguezais. É a área de maior calado estável da Região Norte, e por isso é prospectada para a construção de megaportos – Super Porto do Espadarte.

A região do Salgado também sofre ameaça do desmatamento de cabeceiras de rios e igarapés e pressão imobiliária. Por meio dos programas de Ecoturismo de Base Comunitária e Casa da Virada, do Instituto Peabiru, foram criados roteiros ecoturísticos pela própria comunidade, que organiza trilhas, conduz visitantes, na maioria estrangeiros, e mostra as belezas e riquezas do mangue.

O Programa Casa da Virada é realizado com o patrocínio do Programa Petrobras Ambiental desde 2007, da Petrobras. O Programa Dendê tem o apoio há cinco anos da Agropalma.

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