Terceiro Setor: profissionalizar a captação de recursos garante sustentabilidade financeira

Por Instituto Peabiru
Publicado em 16/11/2012

O Instituto Peabiru já realiza ações de capacitação para gestores comunitários no Pará e no Amapá

A sustentabilidade financeira de projetos é um dos grandes desafios das organizações do Terceiro Setor. Segundo João Meirelles Filho, diretor geral do Instituto Peabiru, que trabalha com mobilização de recursos há 27 anos, as organizações precisam investir em planejamento e profissionalizar a captação. Afinal, a mobilização para a conquista de uma causa precisa de recursos para se desenvolver e gerar resultados. Por isso, o Instituto Peabiru buscar implementar a criação de um centro de formação para o terceiro setor, a Escola de Gestão da Amazônia. A proposta foi a primeira colocada na categoria social dos Prêmios Professor Samuel Bechimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente 2012.

Como idealizador do projeto, o diretor do Instituto Peabiru  será agraciado em cerimônia na Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), no próximo dia 23 de novembro, em Belém, Pará. A premiação é instituída pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Banco da Amazônia, com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae).

De acordo com Meirelles, para se estruturar e manter uma situação estável, o Terceiro Setor no Brasil precisa investir na formação de pessoas em mobilização de recursos, pois somente as grandes organizações contam com profissionais especializados. “As pequenas têm pessoal multi-especializados, que se dedica tanto à execução técnica e gestão e que aprende, na prática, a captar recursos”, destaca. Por isso, há a grande necessidade de incentivo ao fortalecimento da área. “No cenário brasileiro, as corporações privadas e o governo não valorizam a estruturação da área de mobilização de recursos nas entidades”, avalia. Ele cita a Fundação Avina como uma das poucas instituições que apoiam este trabalho.

A Escola de Sustentabilidade de Juruti (fotos) foi uma das experiências do Instituto Peabiru em formação de gestores locais

Sem rodeios – Com experiência no Brasil e em outros países da América Latina, o Instituto Peabiru busca desmistificar a questão da captação e torná-la simples e objetiva, “sem rodeios”. “Há um conjunto de técnicas mínimas que devem ser de conhecimento de qualquer um que se dedica a planejar e realizar a mobilização de recursos e depois a gestão destes recursos, e a prestação de contas e avaliação do projeto”, ressalta Meirelles.

Desde a fundação, há 15 anos, o Instituto Peabiru atua na área de formação de gestores em mobilização de recursos, elaboração de propostas e planejamento da captação. A atividade está presente em todos os programas desenvolvidos pela instituição, tais como o Viva Marajó, Casa da Virada e Dendê. “Sempre com o foco de fortalecer a capacidade de organizações locais em prol de sua sustentabilidade financeira”, afirma Meirelles.

A Escola Juruti de Sustentabilidade, financiada pela Alcoa, foi um dos exemplos de ação de formação para que Ongs, escolas e gestores públicos locais tenham maior habilidade em buscar recursos e gerenciar projetos. O Instituto Peabiru também atuou, a pedido da Conservação Internacional, na região do Tapajós, oferecendo cursos para associações locais de Itaituba, no Pará, e Parintins, no Amazonas.

Gestão– A Escola de Gestão da Amazônia do Instituto Peabiru, que ganhou dos Prêmios Professor Samuel Bechimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente 2012, propõe um centro de formação permanente para o terceiro setor, que reúna em um mesmo local todos os cursos já oferecidos pela ONG. O objetivo é apoiar a gestão e a mobilização de recursos para organizações sem fins lucrativos. Também busca oferecer capacitação para gestores comunitários – especialmente de povos e comunidades tradicionais da Amazônia – para administração de associações, cooperativas, colônias de pesca, sindicatos etc.

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