Intercâmbio estimula cadeias de valor do açaí e do mel nativo

Por Instituto Peabiru
Publicado em 18/01/2013
Comunidades trocam aprendizados sobre o manejo de açaí. Foto: Ana Gabriela Fontoura

Comunidades trocam experiências e aprendizados sobre o manejo de açaí. Foto: Ana Gabriela Fontoura

Representantes de comunidades rurais do município de Almeirim, no Pará, partem para Macapá, no Amapá, no próximo dia 28 para conhecer de perto cadeias de valor de produtos como o açaí e o mel de abelhas nativas da Amazônia, desenvolvido em comunidades quilombolas e tradicionais. A iniciativa faz parte do Programa de Viagens Educacionais do Projeto Almeirim Sustentável, desenvolvido pelo Instituto Floresta Tropical (IFT) e Instituto Peabiru, com apoio do Fundo Vale.

Os participantes permanecem em Macapá até o dia 31 de março e seguem uma extensa programação com atividades técnicas. Eles vão conhecer experiências de produção de mel de abelhas nativas sem ferrão, a meliponicultura, na comunidade quilombola Mel da Pedreira, e manejo de açaí, na comunidade quilombola Curiaú. A visita tem o apoio do Conselho de Associações Afrodescendentes do Amapá (CCADA). Além disso, serão ministradas palestras sobre boas práticas de colheita, transporte e armazenamento do açaí; Unidades de Conservação do Amapá; agroecologia com vivência de horta; e uma visita às instalações da fábrica de beneficiamento do açaí, Sambazon.

Nas atividades de EBC, o manejo do açaí se torna atrativo turístico para o visitante. Foto: Ana Gabriela Fontoura

Nas atividades de EBC, o manejo do açaí se torna atrativo turístico para o visitante. Foto: Ana Gabriela Fontoura

A expedição conta com doze participantes das comunidades de Praia Verde, Morada Nova, Nova Arumanduba, Lago Branco, Barreiras, Santa Rosa, Espusento e Catabaú, que também recebem formação em Ecoturismo de Base Comunitária (EBC). De acordo com a especialista em EBC, Ana Gabriela Fontoura, que coordena a atividade, é importante para o ecoturismo feito pelas comunidades a aproximação com outras cadeias de valor. “Isso porque as atividades produtivas dos comunitários também são atrativos turísticos, já que o EBC valoriza o modo de vida dessas comunidades”, destaca.

Fontoura explica que esse tipo de intercâmbio técnico comunitário promove o aprimoramento da capacitação a partir de experiências práticas e agrega valor tanto às ações de EBC, quanto às atividades que visam o fortalecimento de cadeias de valor de produtos agrícolas e florestais, neste caso o mel de abelhas nativas sem ferrão e o açaí.

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