Instituto Peabiru prestará assistência técnica a comunidades agroextrativistas de Ponta de Pedras e Cachoeira do Arari, no Pará

Por Instituto Peabiru
Publicado em 19/08/2013
Áreas de várzea de Cachoeira do Arari, área onde se localizam os assentamentos agroextrativistas (Foto: Instituto Peabiru)

Áreas de várzea de Cachoeira do Arari, no Marajó,  onde se localizam os assentamentos agroextrativistas (Foto: Instituto Peabiru)

O Instituto Peabiru está ampliando sua atuação no Arquipélago do Marajó, onde desenvolve o Programa Viva Marajó desde 2009. No último dia 15, o diretor da instituição, João Meirelles Filho, assinou contrato de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para agroextrativistas com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), voltado para o manejo sustentável de assentamentos agroextrativistas nos municípios de Ponta de Pedras e Cachoeira do Arari, no Pará. A assinatura faz parte de uma ação conjunta do INCRA e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) que realizam o  Plano Safra da Agricultura Familiar, para promover orientação produtiva para as comunidades da Amazônia.

A ONG vai atuar durante 30 meses em cinco assentamentos agroextrativistas: Ilhas de Urubuquara e Xipaiá, em Cachoeira do Arari; e Ilhas Santana, Setúbal e Soberana, em Ponta de Pedras. Serão atendidas 676 famílias no total. Segundo a proposta do Instituto Peabiru, as ações serão iniciados com a realização de diagnósticos socioeconômicos nas comunidades, como ponto de partida para a elaboração participativa de planos de organização social, desenvolvimento de atividades produtiva e comercialização da produção local.

Ao longo do projeto serão realizadas diversas oficinas de capacitação e acompanhamento técnico de famílias extrativistas, tais como fortalecimento de organização social, gestão de empreendimentos comunitários, boas práticas de produção, acesso a políticas públicas, entre outros. Segundo Meirelles, o fortalecimento da capacidade das organizações socioambientais e econômicas do Marajó é fundamental para que o marajoara tenha canais legítimos de manifestação, reflexão e ação. “Neste processo de desenvolvimento, é preciso buscar a identificação da origem da produção da agricultura familiar de baixo impacto, associada ao conhecimento tradicional e de caráter inclusivo da região”, destaca.

A proposta do Instituto Peabiru foi contemplada na chamada pública para seleção de entidades executoras de assistência técnica e extensão rural em Unidades de Conservação de uso sustentável e agroextrativista e projetos de assentamento (Lei 12.188, de 11 de janeiro de 2010) da Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER).

A ONG tem mais três projetos em andamento no Marajó, um deles é o Marajó Viva Pesca, selecionado no Edital Petrobras Ambiental 2012 para atuar na conservação e recuperação de espécies pesqueiras em estado de sobrepesca no Rio Canaticu, no município de Curralinho, que será iniciado nas próximas semanas. Outro é o projeto de Fortalecimento do Arranjo Produtivo Local (APL) do açaí e da andiroba, financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Ministério do Meio Ambiente. As atividades têm o objetivo de  capacitar, qualificar e aprimorar de processos operacionais dessas cadeias de valor. Além disto, o Instituto Peabiru monitora o impacto da monocultura do arroz no Marajó, particularmente nos municípios de Cachoeira do Arari e Salvaterra.

O Colegiado de Desenvolvimento Territorial do Marajó (CODETEM), relacionado ao Território da Cidadania, política coordenada pelo MDA, é um dos principais parceiros da ONG nas ações na mesorregião do Marajó.

Saiba mais sobre o trabalho do Instituto Peabiru no Marajó na publicação Viva Marajó: ordenamento fundiário em um território verde. Aprendizados e desafios de 3 anos de trabalho

***
Inscrever-se
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários