Projeto Alimentação Paid’égua promove alimentação saudável no bairro da Sacramenta, Belém (PA)

Por Instituto Peabiru
Publicado em 24/04/2024

A Fundação Cargill agora colabora com o Instituto Peabiru no financiamento do projeto Alimentação Paid’égua, iniciativa que visa proporcionar segurança alimentar e nutricional para famílias de baixa renda do bairro da Sacramenta em Belém, e incentivar a prática da agricultura sustentável no ambiente escolar. Para isso, o projeto irá construir uma horta comunitária na Escola Estadual Profa. Esther Bandeira Gomes, situada no bairro escolhido. Além de ser um centro de treinamento sobre como produzir alimentos em espaços urbanos, a horta também vai auxiliar nas práticas pedagógicas da instituição.

“A gente pensou num espaço escolar para termos uma horta modelo, que vai servir para dois propósitos: o primeiro é favorecer a própria escola, como um eixo transdisciplinar, e o outro é fazer um centro de aprendizagem sobre como produzir uma alimentação saudável em espaços urbanos”, comenta Manoel Potiguar, coordenador do projeto Alimentação Paid’égua. “O nosso propósito principal é aproveitar esse espaço da escola para também capacitar outras famílias, dentro do que é possível nos ambientes do bairro da Sacramenta”, complementa.

Além da construção da horta comunitária, a iniciativa irá ministrar oficinas voltadas para o manejo e a conservação do plantio, com temáticas voltadas para a educação ambiental e alimentar, técnicas de audiovisual, práticas de cultivo orgânico, conservação e segurança dos alimentos, destinadas a cerca de 480 crianças e adolescentes da Escola Estadual Profa. Esther Bandeira Gomes e da comunidade do bairro.

Entre os meses de março e abril, a equipe técnica do Instituto Peabiru deu início às ações do Alimentação Paid’égua com uma visita à Escola Estadual Profa. Esther Bandeira Gomes, com o intuito de analisar o espaço destinado para as futuras plantações, e decidir qual o tipo de horta mais adequado para ser desenvolvido. Outros fatores analisados foram o fluxo da água, o nível de declividade do terreno, o alagamento do solo, a insolação do terreno e o tamanho da área que poderá estar disponível para a instalação da horta piloto.

Karlla Tavares, uma das técnicas atuantes na visita, fala sobre a expectativa de iniciar a instalação da horta na escola estadual: “depois dessa análise, estamos confiantes com a construção no espaço, já que tivemos resultados positivos na avaliação do terreno. A gente espera que essas ações contribuam na produção de uma alimentação de boa qualidade e baixos custos aqui na comunidade, e que essa iniciativa se expanda no futuro”, declara Karlla.

Para desenvolver os objetivos do projeto, 10 famílias residentes do bairro da Sacramenta serão selecionadas por organizações sociais locais, e vão receber quintais produtivos pilotos em suas casas. Essas famílias serão capacitadas para a implantação dos quintais produtivos e irão apoiar demais moradores a iniciarem hortas em seus quintais. Todas as atividades de capacitação e produção vão contar com acompanhamento técnico de agrônomos do Instituto Peabiru, garantindo melhor entendimento das técnicas de plantio e qualidade dos alimentos.

“O que eu particularmente mais espero com o projeto é que a gente consiga levar uma cultura de alimentação saudável apesar das dificuldades de Belém em si. Mas independente disso, mostrar que a gente consegue, com um custo muito baixo, produzir alimento de qualidade. A partir disso, a gente garante uma certa segurança alimentar, ao mesmo tempo em que desmistifica o espaço urbano como um espaço não produtivo e se pode alcançar uma produção sustentável, agroecológica e que gere alimentação saudável”, finaliza Manoel Potiguar. As ações do projeto Alimentação Paid’égua seguem até dezembro de 2024, no bairro da Sacramenta, em Belém.

Texto: Giovanna Martini, sob supervisão de Tiago Chaves.

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