Turismo de Base Comunitária, sustentabilidade e desenvolvimento local
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De acordo com dados da Embratur, o turismo na Amazônia cresceu cerca de 8% ao ano nos últimos cinco anos. Essa tendência de crescimento é promissora para a região, considerando sua riqueza natural e cultural. Neste sentido, é fundamental destacar a crescente importância do Turismo de Base Comunitária, ou também chamado de Ecoturismo de Base Comunitária (EBC), como um modelo de desenvolvimento sustentável que valoriza a cultura e a biodiversidade local, ao mesmo tempo em que promove a inclusão social e econômica das comunidades. Isso porque a participação de todos os atores envolvidos na construção de ações de turismo de base comunitária é essencial.
O Instituto Peabiru tem sido um protagonista nesse cenário desde sua fundação em 1998. Ao longo das mais de duas décadas atuando na Amazônia, o Peabiru realizou iniciativas como o projeto Casa da Virada e o projeto Almerim Sustentável. Estes projetos têm contribuído para a valorização dos produtos locais, a conservação da floresta e o fortalecimento das cadeias produtivas florestais e agroflorestais.
No vídeo abaixo, o diretor geral do Instituto Peabiru, João Meirelles, conta um pouco dessa história.
Turismo de Base Comunitária em Barcarena – Potencial para transformação social
Em 2024, um novo capítulo foi iniciado juntamente com o Fundo de Sustentabilidade Hydro (FSH). Trata-se do projeto “Turismo de Base Comunitária Barcarena” (TBC Barcarena). A iniciativa é o desdobramento de uma série de atividades que foram desenvolvidas no âmbito do projeto Tipitix, uma iniciativa realizada pelo Fundo de Sustentabilidade Hydro e Mitsui Bussan do Brasil, executada pelo Instituto Peabiru, e que ao final de 2023 promoveu um famtour junto a agricultores beneficiários.
A partir dos resultados positivos dessa ação, o projeto TBC Barcarena foi desenhado e aprovado para fortalecer e inserir no mercado o turismo de base comunitária na região, com dois objetivos específicos: a) Fortalecer os atores capacitados na 1ª fase e demais atores que integrem a atividade como atrativos; e, b) Integrar a operação de base comunitária ao arranjo produtivo do turismo já estruturado para o Destino Belém. O público principal são os agricultores familiares e pequenos negócios relacionados ao turismo local.
No vídeo abaixo a Gerente de Parcerias do FSH, Milene Maués, conta o resumo e importância desta mais recente ação para o desenvolvimento da região do Baixo Tocantins.
Turismo de Base Comunitária – ações transformadoras e participativas
O Turismo de Base Comunitária é uma abordagem que coloca as comunidades locais no centro do planejamento, implementação e gestão das atividades turísticas, garantindo que os benefícios do turismo sejam compartilhados entre todos os envolvidos. Este modelo não apenas conserva o meio ambiente, mas também fortalece a cultura e a economia local.
A participação social é um pilar de iniciativas deste segmento e o Instituto Peabiru tem enfatizado a importância dos comunitários na construção de ações relacionadas à cadeia turística. Através de processos participativos, as comunidades locais são capacitadas e ganham autonomia para decidir como seus territórios serão utilizados, garantindo que o turismo seja uma ferramenta de empoderamento.
Por isso, parcerias com todos os atores envolvidos na cadeia do turismo de uma região são fundamentais. No vídeo abaixo, a diretora da agência de turismo Estação Gabiraba, Ana Gabriela Fontoura, destaca como projetos que levem o turismo de base comunitária podem ser agentes de transformação social.
Em resumo, o Turismo de Base Comunitária é mais do que uma alternativa ao turismo de massa, é uma estratégia de desenvolvimento que respeita as pessoas e o planeta. Com o apoio de organizações como o Instituto Peabiru, o Fundo de Sustentabilidade Hydro e outras entidades e empresas, estas iniciativas podem ser exemplos para o mundo de como o turismo pode ser uma força positiva para a mudança social e ambiental, em especial na região amazônica.