Livro revela biodiversidade e riqueza cultural do Marajó

Por Instituto Peabiru
Publicado em 21/05/2013
Convite de lançamento do livro "A Terra dos Aruã"

Convite de lançamento do livro “A Terra dos Aruã”

O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e o Instituto Peabiru promovem nesta quinta-feira, 23, o lançamento do livro “A Terra dos Aruã: uma história ecológica do arquipélago do Marajó”, de Pedro L. B. Lisboa. A apresentação do trabalho do pesquisador, que estuda a região há mais de três décadas, será no auditório do Hotel Goldmar, em Belém, a partir das 17 horas. O Instituto Peabiru apóia a iniciativa como parte das ações do Programa Viva Marajó, desenvolvido pela ONG.

O livro resgata a história das populações marajoaras, desde os Aruã, até o período colonial. Traz também capítulos sobre as características físicas do arquipélago; origem do latifúndio marajoara; economia; ambientes biológicos e antropogênicos; aspectos do perfil social das populações marajoaras; e uma apanhado etnográfico da história da indústria naval artesanal na ilha.

A obra abrange os doze municípios que compõem o arquipélago do Marajó: Afuá, Anajás, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Muaná, Ponta de Pedras, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista e Soure. Ficaram de fora da publicação os municípios de Bagre, Portel, Gurupá e Melgaço, que fazem parte da mesorregião marajoara. De acordo com o MPEG, o livro será distribuído a escolas e organizações sociais do Marajó.

Resenha – O diretor do Instituto Peabiru, João Meirelles Filho, resenhou o livro de Pedro Lisboa no último número do Boletim Ciências Humanas, do MPEG, edição de janeiro a abril de 2013, disponível aqui. Ele ressalta a importância da publicação devido à escassez de livros que retratam o arquipélago. Segundo Meirelles, da pequena bibliografia existente em língua portuguesa sobre o Marajó, poucos exemplares são encontrados em grandes redes de livrarias na internet ou em sebos. “Diante desta seca de livros, Lisboa apresenta um Marajó vasto e complexo”, afirma.

Para Meirelles, um ponto forte do livro é apresentar didaticamente, por meio de imagens,  e processos de produção, características socioeconômicas e culturais do arquipélago, sem fazer pesar os dados científicos. “O importante é a honestidade das imagens – este é um Marajó sem pó se arroz, sem floreio habitual de quem o prepara como um cenário para turistas”, explica Meirelles na resenha.

O diretor do Instituto Peabiru destaca que o autor de “A Terra dos Aruã”, Pedro Lisboa, é um profundo conhecedor da economia de pecuária e das diversas formas de extrativismo e agricultura do Marajó. A obra faz uma descrição clara sobre as principais espécies e variedades em uso econômico.

“O que resulta da leitura de tão importante obra é que se trata de uma referência para consulta permanente, um clássico. É fruto de quem ama a região, de quem a palmilha e vivencia”, conclui Meirelles.

Acesse a resenha completa aqui.

Serviço:

Lançamento de “A Terra dos Aruá: uma história ecológica do arquipélago do Marajó”, de Pedro L. B. Lisboa, Ed. Museu Paraense Emílio Goeldi, 482 páginas.  Quinta-feira, 23 de maio, 17h, no Hotel Goldmar, Rua Professor Nelson Ribeiro, 132, Belém.

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