
Duração: 2015-atual.
Território: Amazônia, especialmente Belém, Pará.
Financiadores: Equatorial, BNDES, Akzo Nobel (Tintas Coral), Banpará, Banco da Amazônia, entre outros.
Conservação da Biodiversidade.
O Programa ProGoeldi foi criado em 2015 para unir os esforços da sociedade civil em prol do Museu Paraense Emílio Goeldi, órgão do governo federal, para comemorar os 150 anos da entidade. Seu foco foi a revitalização do Parque Zoobotânico, com a reabertura do aquário, novos recintos de aves, pintura de muros externos e edificações externas etc. Com o fechamento do Parque na pandemia, atividades como o Café do Museu ficaram prejudicadas e o esforço tem sido para apoiar pesquisadores a buscar recursos para seus projetos e pesquisas.
Em agosto de 2020, o Peabiru e o Museu renovaram a sua parceria ampliando o escopo para incluir outras áreas de atuação do Museu, como a pesquisa e o ensino. A pandemia, no entanto, fez com que as primeiras ações previstas fossem suspensas para garantir a segurança de todos
Casa Goeldi – um projeto de resgate ao passado para fortalecer o futuro

Fachada da rocinha em foto dos anos 1950, onde se observam a varanda frontal, em nível inferior, a escada de acesso à sala da lateral esquerda da edificação e duas janelas simétricas ao centro. Fonte: Arquivo Mariana Bordallo.
O projeto Casa Goeldi é uma iniciativa conjunta do Museu Paraense Emílio Goeldi, Embaixada da Suíça no Brasil, Governo do Estado do Pará e Instituto Peabiru.
Localizada no Parque Zoobotânico, com entrada pela Trav. 9 de Janeiro, e datada do século XIX, a casa é um patrimônio arquitetônico raro do estilo conhecido como “Rocinha”. Serviu como residência de cientistas dedicados à pesquisa amazônica e abrigou o naturalista suíço Emílio Goeldi, que dirigiu o museu a partir de 1894 e foi responsável por importantes avanços no conhecimento científico sobre a região.

Foto tomada da varanda em direção ao jardim frontal, onde foi construída uma fonte em alvenaria. Por trás do muro, edificações da Travessa Nove de Janeiro. Fonte: Arquivo Mariana Bordallo.
Ao longo da última década, o Instituto Peabiru e o Museu Goeldi estabeleceram uma sólida parceria por meio do programa ProGoeldi, com foco no fortalecimento da ciência, no engajamento de instituições e em ações transformadoras para a Amazônia. Entre os resultados marcantes estão o Projeto Recinto das Aves, o Clube do Pesquisador Mirim, o apoio ao Aquário Jacques Huber e a renovação da identidade visual do museu.
Em 2024, esse compromisso se expande com o surgimento de um novo projeto que reúne grandes instituições atuantes na Amazônia, com o propósito de devolver à sociedade um espaço histórico que outrora abrigou o diretor Emílio Goeldi.
Nasce, então, o projeto Casa Goeldi, que em 2025 conquista importantes patrocinadores: o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Fundação Ameropa, o Banco UBS e a EBP Brasil Consultoria e Engenharia LTDA. Seu principal objetivo é revitalizar o imóvel, resgatando seu valor histórico e arquitetônico, e ao mesmo tempo implementar um design contemporâneo que acolha diferentes parceiros do Museu na criação de um centro de inovação em tecnologias sociais, biológicas e educacionais. O conceito arquitetônico é assinado pelo renomado escritório suíço Herzog & De Meuron, com execução e restauro sob a liderança do Instituto Pedra.
Esse movimento ganha ainda mais relevância em um momento estratégico: Belém será sede da COP-30, e em 2026 o Museu Goeldi celebrará seus 160 anos de história. Para o diretor do Instituto Peabiru, João Meirelles, a revitalização da Casa Goeldi simboliza o compromisso das instituições envolvidas com a população amazônida.
“Na verdade, o Parque Zoobotânico do Museu Goeldi é muito mais que um zoológico ou um jardim botânico, é um espaço para eventos, exposições, atividades educacionais e lazer, atendendo a diversos públicos, e que abrangem múltiplos temas como a arqueologia, paleontologia, antropologia e diversas outras ciências. Com a Casa Goeldi, o Parque ganhará um espaço revitalizado, dedicado aos povos e comunidades tradicionais e às tecnologias sociais”, explica João.
O diretor também compartilha a expectativa para os próximos passos do projeto:
“Estamos em plena campanha de mobilização de recursos e parcerias e esperamos que seja possível concluir as obras e entregar a edificação e o espaço para a população em meados de 2026.”
Acompanhe os próximos capítulos dessa jornada de memória, ciência e transformação social. A revitalização da Casa Goeldi é apenas o começo de um novo ciclo para a cultura e inovação na Amazônia.

Emílio Goeldi e Adelina Goeldi-Meyer no prédio principal do Museu Paraense – também em estilo Rocinha – atual Pavilhão Domingos Soares Ferreira Penna . Fotógrafo não identificado, 1895. Fonte: Staatsarchiv des Kantons Basel-Stadt, PA 694c A 4-1 (1) 3. Basileia, Suíça.
ODS atendidos pelo projeto

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável





