Cadeias de valor fortalecem posição econômica de comunidades rurais

Agentes Ambientais visitam criação de ostras no mangue

Os jovens alunos do curso de formação em Agentes Ambientais, desenvolvido pelo Programa Casa da Virada, do Instituto Peabiru, no município de Curuçá, descobriram novas formas de geração de renda e valorização da biodiversidade local. Uma aula sobre Cadeias de Valor Inclusivas, ministrada por Richardson Frazão, coordenador do programa, levou os participantes a conhecer mais sobre os recursos socioambientais da região e discutir o fortalecimento econômico das comunidades rurais a partir dessas atividades.

Foram demonstradas dez cadeias econômicas desenvolvidas no Salgado Paraense, além de uma oficina sobre produção de ostras (Ostreicultura) na comunidade Lauro Sodré, em Curuçá.  Ao visitar o mangue para conhecer o manejo de ostras, os alunos puderam fazer inúmeras perguntas e se surpreenderam com o potencial econômico da atividade.

Os alunos acompanharam de perto o manejo de ostras

De acordo com Frazão, a aula apresenta um novo olhar sobre as cadeias econômicas desenvolvidas pelas comunidades. “O tema possibilita uma avaliação de toda a cadeia e o indivíduo passa a perceber o que realmente deve ser organizado e quais tomadas de decisão precisam ser fortalecidas e discutidas”, completa.

Mel de abelhas nativas, ecoturismo de base comunitária, extrativismo do caranguejo e mariscos, pesca artesanal, fruticultura, artesanato e óleos também foram apresentados como alternativas. Frazão destaca que os jovens devem ser influenciados pelos profissionais que já atuam nesses ramos, sobretudo da agricultura familiar, para que no futuro possam dar grandes contribuições e atuar como empreendedores da área.  “Às vezes ocorre um certo preconceito nessas atividades por parte dos jovens. Com a capacitação, eles descobrem a importância de respeitar e valorizar essas atividades”, destaca o coordenador do Programa Casa da Virada, do Instituto Peabiru.