Instituto FAR e Peabiru unem forças em apoio a famílias em vulnerabilidade social em Belém (PA)

Por Instituto Peabiru
Publicado em 29/07/2021

A parceria tem promovido ações em conjunto com organizações locais, incluindo formações para juventude e doações de cestas básicas em bairros periféricos da cidade

Em parceria entre Peabiru e organizações sociais 100 famílias receberam doações com apoio do Instituto FAR.


Apoiar com formações e doações de alimentos a 150 jovens e 100 famílias em vulnerabilidade social nos bairros periféricos de Belém (PA). Este foi o objetivo da união entre o Instituto FAR e o Instituto Peabiru em conjunto com organizações locais parceiras que desenvolvem trabalhos com a população dos bairros.

Em julho de 2021, o Gheto Hub e a Atitude Afro Pará foram os parceiros que mobilizaram doações de 50 cestas básicas na capital paraense. A ação deste mês dá continuidade às doações realizadas em junho de 2021, para outras 50 famílias, com o apoio do coletivo Tela Firme e da Associação de Moradores da Vila da Barca. O trabalho conjunto e o fortalecimento destes parceiros locais fazem parte de uma agenda prioritária do Instituto Peabiru que vem resultando em ações diversas em colaboração nos territórios onde eles atuam. Com financiamento do Instituto FAR, parceiro do Instituto Peabiru desde dezembro de 2020, uma série de ações têm se tornado possíveis, envolvendo sempre as redes já constituídas nos bairros. Para as doações de alimentos, os parceiros locais mapeiam e indicam as famílias em maior vulnerabilidade social para que estas sejam priorizadas. As organizações locais atuam na mobilização das famílias e a entrega dos alimentos é feita conjuntamente pelos parceiros e pelo Instituto Peabiru, com apoio do Instituto FAR como financiador.

Famílias em vulnerabilidade social dos bairros da Terra Firme, Jurunas e da Vila da Barca receberam doações realizadas em parceria com organizações locais.



Formações para juventude e ajuda humanitária

A primeira ação fruto da parceria entre Instituto Peabiru e Instituto FAR consistiu na realização de formações virtuais para adolescentes e jovens de Belém entre os meses de março e maio de 2021. Ao todo, as formações alcançaram 150 participantes em um total de 20 horas de atividades. O Ciclo de Formações abordou temas diversos, entre eles: direitos sexuais e reprodutivos, empregabilidade, saúde mental em tempos de covid-19 e participação e protagonismo de adolescentes.

Ao término das formações, foram iniciadas ações de entregas das cestas básicas para públicos já atendidos pelos parceiros dos territórios. O coletivo Tela Firme e a Associação dos moradores da Vila da Barca atuaram na mobilização das famílias nos bairros da Terra Firme e Vila da Barca, respectivamente. Agora, em julho, foi a vez dos coletivos Gheto Hub e Atitude Afro trabalharem em conjunto com o Instituto Peabiru para promover a doação de mais 50 cestas às famílias dos bairros do Jurunas e Terra Firme.

Claudio Melo, gerente de projetos do Instituto Peabiru, ressalta a sinergia entre as ações e a importância da construção conjunta. “As pessoas impactadas por estas ações fazem parte de uma rede que estamos desenvolvendo desde 2020, através de diferentes projetos do Instituto Peabiru, como o Viva Melhor Sabendo Jovem e o Te Sai Covid. Durante a execução das ações destes projetos, relatos de desemprego e insegurança alimentar foram compartilhados pelos públicos nos espaços de discussão. A partir disso, convidamos os parceiros e coletivos para discutir uma proposta de apoio humanitário para estas famílias, que passou a ser executada pelo Peabiru com investimento do Instituto FAR para, até então, 100 famílias. 

Com o apoio de parceiros nos territórios, o Instituto Peabiru tem executado uma agenda ampla com os públicos locais, que engloba desde os processos formativos até ações de prevenção e controle da covid-19. “Nos próximos meses esperamos continuar com ações em territórios vulneráveis de Belém e ampliar nossa agenda para incluir a mobilização e engajamento de mais famílias e parceiros nos temas prioritários em que o Peabiru atua.” destaca Cláudio Melo.



Conheça os parceiros

Instituto FAR

O Instituto FAR é uma organização sem fins lucrativos criada em 2015 para compor as ações de responsabilidade social do Grupo Hinode. O Instituto FAR apoia projetos de organizações do terceiro setor, por meio de repasses de recursos, que contribuam para a promoção de uma sociedade mais justa, buscando o desenvolvimento humano e sustentável.



Gueto Hub

O Gueto Hub é um espaço multicultural de leitura, música, trabalho, estudo, arte e lazer localizado no bairro do Jurunas. No espaço do Gueto Hub funcionam galeria de arte, biblioteca comunitária, coworking, museu e café.


Tela Firme

Coletivo de comunicação popular que através do audiovisual mostra a beleza, a diversidade e a complexidade da periferia e cobra políticas públicas que ofertem serviços necessários para a dignidade de vida de sua comunidade. Projeto de produção audiovisual desenvolvido no bairro da Terra Firme. Com apenas três ano de existência, o Tela Firme tenta refletir a luta do povo e do lugar para construir, significar e ressignificar seu território. Quanto ao bairro retratado pelo projeto, a Terra Firme é considerada periferia imediata: próxima ao centro – constituída por uma grande ocupação de movimentos de luta popular, com apoio de entidades e movimentos sociais.

Associação de Moradores da Vila da Barca – AMVB

É uma organização comunitária que representa mais de 4 mil moradores e que busca desenvolver ações para melhoria da qualidade de vida da população residente na área de abrangência da instituição desde 1985 e sua coordenação é constituída por 17 membros eleitos através de chapa em mandatos de 2 anos.

A Comunidade da Vila da Barca é conhecida por ser uma das maiores comunidades sobre palafitas da América Latina. A ocupação começou na primeira metade do século XX, estima-se que ainda na sua primeira década. Há cerca de 100 anos reúne a história de um povo pobre em sua maioria ribeirinha, vindo dos interiores e que se instalou nas áreas alagadas, próximas ao centro da cidade, para ter acesso as oportunidades de emprego ou mesmo do comércio de seus produtos, essa comunidade é sinônimo de luta e resistência.



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