Nota de pesar
Nos solidarizamos com as famílias das vítimas do naufrágio ocorrido na última quinta-feira, dia 8, em frente à Ilha de Cotijuba, em Belém. A embarcação saiu de Cachoeira do Arari, no arquipélago de Marajó, e trazia passageiros, em sua maioria marajoaras.
O Instituto Peabiru atua no Marajó desde 2006, a convite de organizações comunitárias locais. Com 16 cidades, o arquipélago do Marajó é um dos territórios amazônicos que, além dos baixos índices de desenvolvimento humano, sofre com a precariedade de serviços básicos, como os de saúde e de transporte.
O barco que naufragou não possuía autorização para transporte intermunicipal de passageiros. Devido à instabilidade do transporte regularizado, muitos marajoaras são levados a se submeter a transportes irregulares para chegar à capital do estado. No momento, já foram confirmadas 20 mortes, entre elas as de quilombolas, e ainda há pessoas desaparecidas.
Exigimos que a tragédia seja investigada pelas autoridades e que, mais do que a responsabilização dos culpados, tenhamos garantidos a fiscalização e o fornecimento de serviços de qualidade que atendam às populações do Marajó. O acesso a serviços de saúde, transporte e educação de qualidade é direito fundamental que tem sido historicamente negado aos marajoaras.
Com informações do G1 Pará.