Casa da Virada encerra atividades de 2012 em reunião com o conselho da Resex
O Programa Casa da Virada, desenvolvido pelo Instituto Peabiru no município de Curuçá, no Nordeste do Pará, apresentou nesta terça-feira, 18, o resultados das atividades de 2012 ao Conselho da Reserva Extrativista Mãe Grande de Curuçá. Trata-se do principal instrumento de relacionamento entre a Unidade de Conservação e a sociedade, presidido por um representante do Instituto Chico Mendes (ICMBio).
Foram expostas as principais ações realizadas e os resultados alcançados. No campo da educação ambiental, o projeto fecha o ano com a formação de 97 novos Agentes Ambientais e 38 professores capacitados. Cerca de 70 comunitários também participaram de encontros multidisciplinares com a abordagem de temas como segurança alimentar, metodologias participativas, cadeias de valor, estudos de impactos ambientais, unidades de conservação, zoneamento territorial, entre outros.
Em 2012 houve ainda um intenso trabalho de fortalecimento da Associação de Meliponicultores de Curuçá (Asmelc), que construiu um plano de ação a partir de reuniões e atividades participativas. As ações de Ecoturismo de Base Comunitária também avançaram em um plano conjunto entre o poder público municipal e a comunidade do Candeua, onde o Instituto Peabiru iniciou as oficinas de capacitação. “Isso possibilitou com segurança o entendimento da comunidade sobre o potencial turístico da região”, destaca Richardson Frazão, coordenador do Programa Casa da Virada, que é realizado com o patrocínio do Programa Petrobras Ambiental, da Petrobras.
Pesquisas científicas
Frazão apresentou aos conselheiros da Resex o trabalho realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Pará e Museu Paraense Emílio Goeldi, parceiros do projeto, que estão finalizando um levantamento científico para compreender as características da Mata Amazônica Atlântica, encontrada na Ilha de Ipomonga, em Curuçá. “A mata possui características ecológicas únicas na região”, explica.
Segundo o coordenador foram aprofundados os estudos da diversidade de peixes encontrados na área a partir da pesca artesanal, de insetos polinizadores de árvores frutíferas da Amazônia e de tartarugas marinhas e de água doce, sobre as quais está sendo feito o monitoramento da ocorrência acidental com a participação de pescadores e curralistas da área.
O projeto elaborou ainda uma série de mapas sobre a dinâmica da cobertura vegetal da região. “Também iniciamos a construção de um caderno de indicadores ambientais para apoiar as comunidades a monitorar seus territórios”, aponta Frazão. À conclusão do encontro foram comunicados os próximos passos do projeto. “Para o inicio de 2013 todos os resultados sistematizados serão apresentados em seminário público no município”, informa. “Firmamos o compromisso de avançarmos nas ações como facilitadores dos processos socioambientais em Curuçá e região do nordeste paraense”, conclui Frazão.