Trabalho precário na cadeia do açaí é destaque no Jornal da Record

Por Instituto Peabiru
Publicado em 15/05/2018

 

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O Jornal da Record produziu matéria essa semana sobre a situação de risco que se encontram os peconheiros (coletores de açaí) na Amazônia. A atividade que é considerada a mais perigosa no meio rural, pois os coletores sobem em árvores altas e instáveis e com ausência de equipamentos.

Na entrevista, Manoel Potiguar, Gerente de Projetos do Instituto Peabiru e pesquisador, apresenta a circunstância de trabalho dos peconheiros que ao subir nos açaizeros levam facões e terçados nas próprias roupas, em alguns casos geram acidentes. João Meirelles, Diretor Geral do Peabiru, destaca as melhorias que poderiam ser feitas para esses trabalhadores. Na fala de Meirelles, utensílios como cordas de apoio, luvas e óculos são instrumentos básicos e ajudariam nos serviços, e assim poderiam prevenir acidentes nessa atividade tão perigosa.

O Instituto Peabiru produziu, no ano 2016, com o apoio do Programa Trabalho Seguro, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-8),  e a Fundacentro (órgão do Ministério do Trabalho dedicado à Segurança e Saúde no Trabalho e Meio Ambiente) estudo diagnóstico que revelou as precárias condições de trabalho do extrativista de açaí. Seus resultados, mais que respostas, suscitam discussão da sociedade sobre esse elavado risco ao peconheiro, tema tão invisível, mesmo no estado do Pará, maior produtor de açaí no Brasil. Além disso, o estudo busca orientar políticas públicas em Segurança e Saúde no Trabalho e Meio Ambiente. 

O estudo destaca a necessidade em se buscar alternativas que proporcionem maior segurança para os peconheiros, o desinteresse por parte dos elos mais fortes da cadeia de valor e o desconhecimento dos riscos por parte do consumidor final . Veja aqui o relatório completo e assista também ao vídeo “Trabalho e Seguro açaí – a rotina extrativista do ribeirinho” resultante da pesquisa.

Veja também publicação do Ministério do Meio Ambiente sobre as Condições de trabalho na cadeia de valor do açaí (PA), que faz referência ao relatório.


O Instituto Peabiru é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), com 19 anos de atividade, sede em Belém do Pará, com a missão de facilitar processos de fortalecimento da organização social e da valorização da sociobiodiversidade, especialmente para que as populações extrativistas e os agricultores familiares da Amazônia sejam protagonistas de sua realidade. Atua no Pará, Amapá, Maranhão e Bahia.

 

 

 

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