Instituto Peabiru realizou Simpósio “Abelhas sem Ferrão e a Sociobiodiversidade”

Por Instituto Peabiru
Publicado em 07/08/2018

Em 2 de agosto de 2018, o Instituto Peabiru com a participação de produtores familiares, pesquisadores da Embrapa, Universidade Federal do Pará e Instituto Tecnológico Vale, e o apoio do Museu Goeldi, realizou evento para discutir sobre a cadeia de valor das abelhas sem ferrão (melíponas).

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João Meirelles, Diretor Geral do Instituto Peabiru,  abre o Simpósio debatendo os impacto socioambiental e econômico da meliponicultura | FOTO: Maycon Nunes

 

 

O Simpósio apresentou os aprendizados de doze anos de trabalho do Programa Néctar da Amazônia, do Instituto Peabiru, para o fortalecimento da meliponicultura, e os múltiplos desafios para sua plena operação.

Destaque-se o processo de licenciamento da atividade junto ao SISFAUNA (no Pará operado pela SEMAS e no Amapá pela SEMA), uma vez que se trata de criar espécies da fauna brasileira, e como isto pode ser realizado pelo agricultor familiar. O Néctar também visa a plena legalidade da comercialização do mel e derivados, seja como produto artesanal estadual ou com selo de inspeção federal, para que se alcance o mercado de maneira segura e identificado.

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Marcos Enê Oliveira e Daniel Santiago debatem incentivos ao desenvolvimento e geração de ativos tecnológicos para a meliponicultura.  | FOTO: Maycon Nunes 

 

 

O Simpósio buscou abranger as diferentes temáticas relacionadas: conservação, manejo, reprodução, comercialização etc. Uma das palestras foi  sobre “Uso de barcode DNA para a identificação de espécies de abelhas sem ferrão  da Amazônia” com a Patrícia Schneider, do Instituto de Ciências Biológicas (UFPA). Sobre a importância do Projeto Patrícia comenta:

“Poder colocar um selo da Amazônia em qualquer produto é importantíssimo. Amazônia tem uma carência enorme, em consequência disso é muito  desvalorizada. Então ter um produto que você pode dizer que é da Amazônia, produto com selo, com garantia, com procedência, vai estimular os produtores e vai fazer, acredito, com que o mercado cresça.”

Um dos momentos mais aguardados foi a mesa  “Troca de experiências entre produtores e pesquisadores”, coordenada por Fernando Oliveira, colaborador do Programa, e vinte produtores: indígenas do Oiapoque, quilombolas de Macapá, do Amapá; e agricultores familiares de Almeirim, Barcarena, Curuçá, Curralinho e Monte Alegre, do Pará. Relatos dos produtores apresentaram a atividade tal qual ela ocorre.

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Produtores Rurais indígenas do Oiapoque | FOTO: Maycon Nunes

 

 

Uma vez completado o ciclo de aprendizado sobre manejo e multiplicação, entre os principais desafios estão a comercialização e a expansão da atividade.

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